sábado, 9 de fevereiro de 2008

Who's Blue Now?
(Paul Mertz)

Who's blue now?
You ought to know;
You made me go.
Who's blue now?
You ought to say,
You had your way.
You drifted far apart from me;
You didn't care;
You took the very heart from me,
You didn't spare me.
Who's saying,
"Oh, what a break! What a mistake!"
Who's paying With many a heartache?
Hate you, I don't,
Love you I won't,
Now that I'm through,
Who's blue now?
Nobody but you!

domingo, 3 de fevereiro de 2008


sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

NOVO.
Como se fizesse alguma diferença, ela tentou não se deixar levar. É claro, não conseguiu. Assim como claros são os dias de sol que seguem dias chuvosos, era claro que ela não conseguiria. A embriaguez daquela noite a conduzia em um mar de agitadas correntezas... Sentia ventos desconhecidos, mas se sentia forte e acreditava velejar precisa como nunca. Nada a impediria, precisava daquilo. Com um hedonismo sutil e um egoísmo afiado ela percorria a noite navegando em sí.
Palavras sem valor e olhares curiosos. Ela se jogava, e caía, não tinha medo. Lastimava-se, queixava-se; era o calor que tomava seu corpo quente. Preferiu se poupar, retirou se a tranquilidade de seu sono. Deixou-se levar pelos sonhos; sem controle que são, são de fato, indefesos.
Na manhã seguinte, não pôde se lembrar do piloto que havia conduzido sua navetáxi a sua casa, nem tampouco o momento feliz em que entrara em seu doce refúgio, mas horas depois, apenas despertou, sã e salva em sua calma cama.
Salva? Creio que não. Não poderia salvar-se de sí mesma, e nem das lembranças que chegavam ao porto ao longo do dia.
Perdida em fatos que se viam confusos e difusos em névoas do esquecimento, esperava que o dia corresse, sem altas expectativas. Talvez curiosa. Sim. Ela estava. Queria de fato enxergar os peixes e criaturas que havia despertado na noite anterior.
Em sua nova rota, sentia-se inerte aos movimentos de seu barco, o dia lhe parecia sereno e sem vida. Correu como corre qualquer outro, sem tempestades e sem canto de mágicas sereias. Mas é claro, com a noite que chega, a maresia a banha num novo perfume, e de fato em outras cores, novas, e repetidas, possível?
E não tem a cada mordida um novo sabor as maçãs? Novidades são antigas como o tempo, e ficam antigas com o tempo, ainda assim, pra nós, seres de curta memória, são novas, de tempos em tempos.
Sabia ela que nada seria tão diferente se comparado a outras tantas noites de partidas sem rumo, porém, tinha que desbravar aquele já percorrido caminho. Recebera uma novidade já antiga pelo seu comunicador celular, e se propusera então a descobrir aquele corpo mais uma vez.
Tudo como ela já havia feito, e de novo nada, mas ela assim o sentia: novo. Era nova a circunstância não era?Então por que se afogar na velha mesmisse, se tudo pode ser diferente a cada nova tentativa? Nada será "de novo". E então não se trata disso,a vida? Assim como o dia, que traz o mesmo Sol, mas é novo a cada dia, será aquele oceano um novo, a cada
nova partida.