quarta-feira, 16 de abril de 2008

Quais são as mãos que acariciam o corpo,
Quando este sofre as dores de um amor bruto?
E chega a adoecer de amor?
Porque o corpo chora.
O corpo dança a música da alma.
E quando canta,
Canta o que toca a alma,
E quando sente, vibra, e sua, e sangra
O que vem da alma.
Porque só, o corpo não grita.
Só não sente.
Por que só, não ama.

terça-feira, 1 de abril de 2008

É frio
É frio como orvalho.
Apunhala o âmago do estomago.
É latente! É quente!
É sofrido... O que é? Existe motivo?
Tamanha insuportabilidade de tanta impotência
É devastador, covarde, austero... Quieto
O apego da ilusão vã da posse,
Uma sina geral, universal.
Que quanto mais se aventura a refletir
Menos respostas escoam
A angustia de não saber razões distancia,
Em casa suspiro, do sentimento
e a dor é latente, quente.
Apunhala o âmago do estomago.
Berço
Continuo. Permaneço
O caos do sistema,
Um triste solitário cidadão brasileiro,
Felicidade é meu oficio, trabalho o dia inteiro.
Muitos caminham, reconheço poucos.
Seus passos divulgam seus semblantes incomuns
É fácil etiquetá-los, todos com seus códigos de barra, arrastam o cotidiano.
O que buscam eles?
Meros mortais. Vivem...Vivem? Acham que vivem.
Tão apressados se tornam funcionais ao tempo.
Funcionais a matéria, escravos da miséria.
Porém nem todo caminho é enfadonho,
Poucas são as pedras portuguesas soltas.
Presencio também
Samba, cor. Ritmo, arte, amor.
Pintura, fulgura!
Um idioma na baixada, na favela, na zona sul.
Um passo típico, um rebolado pessoal.
Mais uma mistura cultural, mistura racial.
O berço da diversidade é também meu berço
Minha casa, meu lar,
Amparo do mendigo, a cidade parece me abraçar.