terça-feira, 1 de abril de 2008

Berço
Continuo. Permaneço
O caos do sistema,
Um triste solitário cidadão brasileiro,
Felicidade é meu oficio, trabalho o dia inteiro.
Muitos caminham, reconheço poucos.
Seus passos divulgam seus semblantes incomuns
É fácil etiquetá-los, todos com seus códigos de barra, arrastam o cotidiano.
O que buscam eles?
Meros mortais. Vivem...Vivem? Acham que vivem.
Tão apressados se tornam funcionais ao tempo.
Funcionais a matéria, escravos da miséria.
Porém nem todo caminho é enfadonho,
Poucas são as pedras portuguesas soltas.
Presencio também
Samba, cor. Ritmo, arte, amor.
Pintura, fulgura!
Um idioma na baixada, na favela, na zona sul.
Um passo típico, um rebolado pessoal.
Mais uma mistura cultural, mistura racial.
O berço da diversidade é também meu berço
Minha casa, meu lar,
Amparo do mendigo, a cidade parece me abraçar.

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