segunda-feira, 3 de março de 2008

Onde estão os vícios?
Adoeci. Tento parar.
Agora, em casa, posso me soltar, e prender os cabelos. Ninguém me vê, não preciso manter nada. Nenhuma aparência ou penteado. Nada.
Um monte de seres humanos, que querem ser alguma coisa. Já são seres oras. O que lhes falta? O que nos falta?
É como se por algum motivo tivesse eu que ser algo, não desejar algo. Tento. Finjo. Não é isso? O que diz o protocolo, ou o contrato que assinei ao nascer? Sem ler! Eu nem sabia! Foi alguém que assinou por mim, que escreveu meu nome ali, e que eu desconhecia. Ensinou-me a ser assim, ou pelo menos parte do que é de mim.
Não quero mais rimas. Já ouvi muito, e falei demais, vi coisas, e senti.
Longe de mim qualquer sentimento agora! Por favor.
Quem será que pode me dar isso, o nada? Queria o vazio, a indiferença pra te presentear. Mas não tenho.
Quando te vejo, te sinto, sou tomada por isso.
E finjo, que não. De novo, não é o que diz o velho protocolo? O contrato, que assinamos ao escolher?
Escolher qualquer coisa. E você bem sabe que essas são as piores, as coisas quaisquer. Por que não são tão nada, e nem são tudo. Não estão bem definidas e tampouco se desfazem assim, sem solventes.
São Coisas, as causas quaisquer por que você luta, ou por que sonha, são enfim onde se escondem nossos vícios.

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